quinta-feira, setembro 21, 2006

Residentes na Baixa devem triplicar até 2020

Num "acto simbólico", a proposta do projecto integrado de revitalização da Baixa Pombalina foi ontem entregue ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carmona Rodrigues, pela vereadora Maria José Nogueira Pinto, que o considera "uma verdadeira oportunidade para Lisboa e para o país". A proposta de intervenção - elaborada por um comissariado composto por seis personalidades de diferentes áreas - foi entregue dois dias antes do prazo estipulado, o que, segundo Carmona Rodrigues, "revela que os prazos são para cumprir".

Sem querer adiantar muitos pormenores - pelo facto de só na próxima semana o documento ir ser entregue aos vereadores -, Maria José Nogueira Pinto admitiu que o modelo de intervenção desta operação deverá estar aprovado no final de Janeiro de 2007 e que alguns trabalhos poderão arrancar em Fevereiro. O objectivo "é ter mais três mil pessoas a viver na Baixa em 2010", sendo que em 2020 - o horizonte final deste projecto - o número dos actuais residentes deverá "triplicar", atingindo 15 mil residentes, os valores de há 25 anos.

O projecto integrado de revitalização da Baixa abarca o território de várias freguesias e uma área de dois milhões de metros quadrados de construção, dispersos por um "território de gestão partilhada" entre o município e o poder central. "O Estado também é dono disto", salientou Nogueira Pinto, explicando que dada a natureza, duração e custos desta operação, o Governo terá de aprovar este projecto.

Carmona Rodrigues garantiu que, até à data, tem havido "grande atenção e empenho do Governo" e mostrou-se convicto de que este apoio "vai-se prolongar nas fases seguintes". Tem sido defendida a criação de um "modelo institucional de excepção" para este projecto - à semelhança do que aconteceu com a Expo'98 -, mas não são ainda conhecidos pormenores.

A intervenção em causa pretende transformar a Baixa num "espaço com multifunções e utilização diversificada, vivido e fruído pelo maior número de pessoas, durante o maior número de horas por dia e o maior número de dias por ano". Além de trazer mais moradores para a zona, o projecto pretende reanimar e modernizar o comércio, reorganizar o espaço público e dinamizar o turismo. Não foi avançado um custo para esta intervenção.
Fonte: JN

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