quinta-feira, setembro 21, 2006

Não se confirmam problemas na ponte e obras acabam em 2007

Os trabalhos que decorrem na ponte Eiffel de Viana do Castelo estarão concluídos dentro de um ano, abrindo, então, a travessia ao trânsito automóvel.

A garantia foi deixada, ontem, na cidade, pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que deu, também, a conhecer as principais conclusões do relatório efectuado à centenária travessia pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), segundo o qual "não existe nenhum problema estrutural na ponte, assim como não há nenhum problema de segurança". No tocante a custos, o governante indicou que a reavaliação dos trabalhos obrigou a uma reformulação do projecto, todavia, "não vai haver transcendência nessa matéria, tendo o custo inicial dos trabalhos sido avaliado em cinco milhões de euros".

De acordo com Mário Lino, que apresentou as conclusões do relatório após uma visita aos trabalhos que decorrem na travessia, a intervenção em curso na ponte - que, segundo o calendário da intervenção então aprovada, deveria estar concluída em finais de Julho passado - foi suspensa devido a problemas de corrosão detectados após a remoção do tabuleiro, obrigando à realização de novos estudos e avaliações, conduzidos pelo LNEC. "Esta ponte não foi alvo de trabalhos de manutenção e acompanhamento como deveria ter sido", considerou, assinalando que, a exemplo das restantes pontes do país, "será sujeita a um sistema de manutenção regular".

Ao assegurar que a obra "terá uma tramitação normal", devendo estar concluída em Setembro de 2007, afirmou, ainda, que não se verifica nenhum problema com os pilares.

No Governo Civil de Viana do Castelo - onde o membro do Governo reuniu com a Câmara e comissões de acompanhamento da Assembleia Municipal e de utentes da ponte -, foi assinado um protocolo, entre a autarquia local e a holding Estradas de Portugal, que prevê comparticipações até um máximo de 35 mil euros mensais para os utilizadores de transportes públicos e respectivas empresas, acordo que leva os utentes das ligações rodoviária e fluvial a beneficiar de um desconto de 20% sobre o custo dos passes sociais mensais. "Insatisfeita" manifestou-se, porém, a comissão de utentes da travessia, tendo o porta-voz da estrutura, Arménio Belo, assinalado "Abrangidos pelos apoios constantes no protocolo terão sido 2500 residentes em localidades da margem Sul do Lima. Porém, fora dele encontram-se mais de uma dezena de milhar de pessoas, que não recorriam aos transportes públicos". Defendeu, ainda, a criação de apoios para o comércio situado naquela zona do concelho, ajudas essas que poderiam passar pela redução da carga fiscal.
Fonte: JN

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